segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Aquilo que sou e o que quero no blog

Ultimamente, tenho recebido imensas mensagens (seja via blog ou via instagram) como estas:


Mensagens que me elogiam e me dão os parabéns pela minha sinceridade, pela forma como escrevo e como falo da minha realidade. E isto, sinceramente, deixa-me orgulhosa. 

Sou uma mãe como todas vós, tenho um percurso de vida, tenho sonhos e ambições. Tenho duas filhas. Há dias em que me sinto cheia de energia e há outros que vou para o banho ou que me sento na cama a chorar (quem nunca?). Há dias em que só quero encher as minhas filhas de beijinhos e outros dias em que me apetece sair porta fora! 
Também tenho altos e baixos com o André, os dias às vezes são difíceis e o cansaço fala mais alto. Depois, esperamos por "amanhã" e voltamos a ser o que temos sido até agora: um casal feliz. 

A minha casa está, frequentemente, desarrumada (só não está mais porque o arrumadinho cá de casa não deixa e ainda bem!). Os brinquedos espalhados na sala e o meu sofá cheio de nódoas que ambicionamos tirar um dia! 
Tentamos poupar todos os meses e trabalhar mais para podermos chegar aos nossos objetivos. Temos meses que sobra mais, outros menos, mas vamos tentando gerir bem o nosso dinheiro.
Gostamos de sair, de passear, de viajar e de ir a bons restaurantes mas isso só acontece de vez em quando (porque será? O dinheiro não estica!). Não tenho as minhas filhas sempre impecáveis, com o cabelo arranjado, roupas imaculadas e tudo 100% perfeitinho, como podem ver nas nossas fotografias. A nossa vida não é perfeita, aliás não há nenhuma que seja acreditem! 
Aquilo que publico, aquilo que escrevo é a nossa realidade, aquilo que sinto.  

Hoje em dia há tantos blogs e tanto conteúdo a circular que optei por ser autêntica, igual a mim mesma. Não escrevo nem publicito nada que não concorde ou com o qual não me identifico e posso dizer-vos que não é fácil. Para crescer mais, o melhor seria aceitar tudo e partilhar tudo o que me oferecem mas, felizmente, não sou assim. Quero fazer a diferença e continuar a ser fiel aos meus princípios, à forma como cresci e aos valores que me passaram. E se, para isso, tiver de perder uma campanha ou não sei quantos produtos de oferta, paciência. Vou trilhando o meu caminho mas sempre, SEMPRE de cabeça erguida. 

Um dia, se chegar a grandes números no blog e nas redes sociais, espero não me decepcionar comigo mesma. Se virem que não vos respondo, que virei snob e que perdi a minha genuidade, abanem-me!  Só posso ter enlouquecido!



Um beijinho, 

Mafalda  

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O porquê da Carminho frequentar o Gymboree

Muitas de vós que me seguem através do instagram (aqui), têm-me visto - ora com a Carminho, ora com a Frederica - no Gymboree de Carnaxide. Tenho recebido muitos comentários e pedidos de informação sobre este espaço e decidi vir contar-vos mais sobre ele. 

Como sabem, a Carminho está em casa de uma ama (a avó L.) desde os 6 meses. Estamos muito gratos a estes avós que a tratam como neta e cuidam dela melhor que ninguém. Com eles aprendeu um sem número de coisas enquanto esteve protegida das doenças dos infantários. Chegada aos 2 anos e meio, a Carminho já pede, muitas vezes, para ir para a escola e mostra muita vontade em fazer atividades diferentes e desafiantes: colar, pintar, desenhar. Pensámos muito e decidimos experimentar o Gymboree e proporcionar-lhe mais interacção social com outros meninos da idade dela enquanto faz as atividades que gosta. Assim que experimentámos, a Carminho quis voltar! 

O programa chama-se School Skills e é precisamente indicado para meninos que não frequentem o infantário. O objetivo é desenvolver as competências emocionais, sociais e intelectuais consideradas fundamentais para uma entrada na escola de forma tranquila. As atividades são variadas e sempre muito divertidas e ajudam a desenvolver a curiosidade, a confiança, a imaginação, a perseverança e a cooperação.   

Cada dia da semana tem um tema e, dentro desse tema, as atividades variam. O que é sempre igual é a forma como se iniciam e terminam as atividades: com uma música. A música é sempre uma óptima solução porque cativa a atenção dos meninos e faz com que desenvolvam as suas competências musicais, ao mesmo tempo que estimula a capacidade de memorização. A música também é utilizada para chamar a atenção noutras alturas nomeadamente na hora de arrumar o material (já tenho ouvido a Carminho a cantar "vamos arrumar, arrumar as bolas. Vamos arrumar, arrumar as bolas, muito obrigada). É fantástico como, de semana para semana, se notam diferenças no comportamento dela e na maneira de estar!  

Outro fator importante é que se deixa que os meninos circulem à vontade, não sendo obrigados nem forçados a participar numa determinada atividade. Vão-se chamando os meninos e tentando que participem mas, caso não queiram, podem ficar apenas a observar (muitos deles acabam por, a certa altura, querer entrar e participar também na tarefa).

Estamos muito satisfeitos com a nossa escolha e vamos continuar a frequentar estas aulas. Todas as semanas a Carminho pergunta pelo Gymbo (a mascote do Gymboree) pela "tia Catarina" e pela Mariana, as educadoras desta faixa etária: 



A Mariana



A Catarina










Estas bolinhas não têm sabão! São especiais para crianças e são top! 
Conto-vos tudo sobre elas num outro post!   




Se quiserem saber mais sobre este, outro programa ou até outro tipo de aulas e workshops, contactem o Gymboree de Carnaxide e peçam para falar com a Catarina Saraiva. Há uma enorme variedade de temáticas nas aulas e sim, qualquer família tem direito a uma aula experimental grátis. Levem os vossos filhos e experimentem! Basta ligar para marcar e voilá! =) 

Um beijinho, 

Mafalda 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Mantra para 2018

Sinto-me, muitas vezes, revoltada e triste com o povo português. Não, isto não é nenhum post de vitimização mas antes um alerta para levar a pensar e a refletir se queremos mesmo ser desta forma ou se a revolução pode começar em cada um de nós para, posteriormente, começarmos a mudar as coisas à nossa volta. Acredito mesmo que podem ser baby steps mas, pouco a pouco, podemos conseguir mudar alguma coisa e chegar cada vez mais perto do nosso objetivo e isto serve para uma consciência ambiental, para solidariedade ou para o civismo. 

A semana passada, em conversa com o André, cheguei à conclusão que somos um povo de fingidores. É triste mas é o que temos sentido (e testemunhado): o português finge que não se apercebe que entrou outra pessoa no elevador ou que vem alguém atrás dele quando vai fechar uma porta; finge que não vê a carta caída no chão à beira das caixas do correio (e que até é do vizinho); finge que não vê que o vizinho se esqueceu de fechar o portão da garagem; finge que não reparou que o lugar de estacionamento é reservado a deficientes, pais com crianças ou grávidas, finge que não vê que atrás de si na fila do supermercado está uma grávida ou até uma pessoa que apenas tem um produto para pagar.

O português finge que não vislumbra um cego a precisar de ajuda para atravessar a rua ou uma pessoa mais velha que precisa de ajuda com o telemóvel; finge que não ouve o vizinho de cima a bater na mulher e finge que também não reparou que estava um homem com um bebé num carrinho à espera de ser atendido na fila da charcutaria (a situação do André). Finge que não viu outra pessoa dentro do carro já à espera do lugar para estacionar (perdi a conta às vezes que isto já me aconteceu) e finge, também, que não viu que o outro condutor tem prioridade!

E a lista continuava...vos garanto que tinha muito para enumerar mas acho que estas situações já serão óptimos exemplos daquilo que vos quero mostrar. Na minha religião chama-se "amar o próximo" mas já nem peço tanto, apenas respeitar o próximo. Podemos tentar fazer disto um mantra? Podemos gastar 2 ou 3 minutos com alguém que precisa de nós mas que não nos é nada? Podemos entrar no elevador e dizer "bom dia, boa tarde ou boa noite?". Podemos ceder a vez na fila a quem tem apenas um produto e deixar passar quem realmente precisa?

Sinto mesmo que é possível mudar, basta que cada um de nós tente fazê-lo todos os dias. Tenho a certeza que se sentirão muito melhor e que farão os outros muito mais felizes. Pensem nisso!

Boa semana!

Um beijinho,

Mafalda



quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Papas caseiras vs papas de pacote

4 meses de Frederica, nem acredito! Logo que a minha placenta rompeu e comecei a verter água, só pensava "mas como é que é possível? A Frederica vai nascer prematura. Como é que vou cuidar de um bebé prematuro?". 

Volvidos estes 4 meses, posso dizer que a Frederica não tem sido um bebé fácil. Apesar de dormir bem de noite, ainda gosta pouco de estar na espreguiçadeira ou no ginásio. Penso que, por ser prematura, a adaptação intestinal foi feita de forma mais lenta e, por isso, hoje em dia ainda tem cólicas! Fomos, na semana passada, à consulta da Pediatra e já temos luz verde para avançar com a sopa e depois com as papas mas confesso que, no caso da Frederica, ainda estou um bocadinho de pé atrás. Não quero, de maneira nenhuma, acelerar o processo sem respeitar os sinais e, por essa razão, ando a pensar em qual será a melhor altura não esquecendo que o que interessa é ir comendo um bocadinho a cada dia...no final da semana já comerá um prato! 

No que diz respeito às sopas, não tenho qualquer dúvida: quero fazer da forma como fiz à Carminho. Ter sempre duas sopas frescas no frigorífico para ir alternando, de forma a habituar a Frederica a diferentes sabores e texturas. Esta é, para mim, a regra de ouro! 

Em relação às papas, estou muito reticente! Comecei por dar à Carminho papa de arroz e papa de alfarroba (esta) mas as duas foram de pacote. Não "vem mal ao mundo" de dar uma papa de pacote mas, tendo disponibilidade, gostaria de experimentar dar-lhe papas caseiras por ser mais benéfico para ela a nível nutricional. O ganho de nutrientes é bem maior numa papa caseira (isto claro se for feita com todos os cuidados, não esquecendo que o glúten é proibido e que há que demolhar o grão ou os flocos e trituraá-los depois de cozidos), já para não falar da quantidade de açúcar presente que apenas será frutose, caso adicionemos fruta. 

Ultimamente tenho estado a pesquisar e encontrei algumas receitas em três blogs que sigo e adoro: 




Outro questão que se coloca é que a Frederica irá para a creche. Como é que será mais vantajoso fazer? A Leonor do blog Na Cadeira da Papa sugere levar no termo, fazendo de manhã aguentam-se até à hora do lanche mas sinceramente não sei se vou ser capaz dada a logística matinal aqui por casa. Caso tenha de optar por uma de pacote, o que acham da marca Holle? Já experimentaram? Os vossos bebés gostaram? 




Contem-me a vossa experiência! 

Um beijinho, 

Mafalda  

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Sobre o timing certo para avançar para o 2º filho

Ao longo da gravidez da Frederica dei por mim a pensar em ser mãe de duas filhas. E as dúvidas assolavam-me: 

Será que vou amar a Frederica da mesma forma que amo a Carminho? 

Será que a Carminho a vai aceitar bem? Será que vai cuidar dela? 

Será que vou agir da mesma forma com a Carminho ou serei mais condescendente? 

Será que vou conseguir educar as duas da mesma forma? 

Será que vou ser capaz de gerir tudo?

Pensei, também, que a Carminho tinha sido uma grande privilegiada pois, além de primeira filha, era primeira neta e primeira sobrinha neta (menina) na família do lado da minha mãe. Quando descobri que estava grávida, dei por mim a questionar se nos teríamos decidido pela altura certa ou se foi somente um desejo muito grande por nós partilhado. Questionei muitas coisas, até mesmo o facto de estar a "roubar" tempo de filha única à Carminho. Pensei se estaríamos a fazer o correto pois, caso não engravidasse já, poderíamos "aproveitá-la mais", vivenciando cada etapa com mais sabor e intensidade. Depois, lembrei-me da minha mãe e dos seus irmãos (eram 8 filhos), da forma como foram educados, das experiências que partilharam e da união que foram construindo. É isto mesmo que quero construir! 

Logo que contei que estava grávida à nossa pediatra, respondeu-me: "Parabéns! Vocês vão dar à Carminho o melhor dos presentes, nunca duvidem disso!" E acredito mesmo nesta verdade. Hoje sei e sinto que fizemos o melhor e o mais acertado. (em relação a isto, o André diz sempre que se pensarmos muito, o timing de ter outro filho nunca é o ideal!). A Carminho adora a irmã e a Frederica perde-se de amor por ela. Eu e o André ficamos, muitas vezes, embevecidos com os gestos de amor e carinho da Carminho para com a Frederica e o olhar enternecedor dela para com a Carminho. A Frederica é a primeira pessoa que a Carminho quer ver quando acorda e a última que recebe um beijinho dela. 

Sei que se irão desentender como tantos outros irmãos, que se irão zangar e disputar brinquedos e atenção, sei que irão bater com a porta e fazer queixinhas uma da outra mas, no final, o amor prevalece. Independentemente de todas as agruras, vão sempre gostar uma da outra, terão sempre os seus segredos e a sua cumplicidade. Serão sempre irmãs, serão sempre nossas filhas.



É isso que conta, não é?

Um beijinho, 

Mafalda     


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Ideias para o Carnaval 2018

No primeiro carnaval, a Carminho mascarou-se de Lãzinha e, no ano passado, de urso pois era vidrada nos desenhos animados da Masha e o Urso. 



Este ano adora princesas e todo o universo da fantasia. Queria comprar-lhe um fato de princesa mas ainda não consegui encontrar um que desse para ela: ou é grande, ou manga curta, ou muito piroso... Por essa razão, esquecemos as princesas e mudámos de ideias, até porque a avó Vi se antecipou e comprou logo o fato assim que o viu (depois mostro-vos para ser surpresa!). 

Ainda assim, andei a ver uns quantos fatos online e fiz uma selecção dos mais originais. Já sei que os vossos filhos acabam sempre por querer o que todos os amigos têm mas não custa tentar! Para mim, os mais giros e originais continuarão a ser os que são feitos em casa mas, para quem não tem jeito ou tempo, aqui ficam algumas sugestões: 


1., 3. e 7.  Funidelia
2. e 4. H&M
5. e 6. Imaginarium
8. Disney

E vocês? Já têm fato? 

Um beijinho, 

Mafalda 





quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A escolha dos nomes delas

Por vezes esqueço-me que o que posso achar desinteressante para vocês, de facto não é. Muitas vezes me perguntam aqui diretamente no blog coisas mais pessoais e eu acabo por ver e não responder (desculpem mas não é, mesmo, por mal!). 

Outro dia perguntavam-me como é que tínhamos chegado ao nome que escolhemos para as nossas filhas. Pois bem, não fiquem com grandes expectativas pois não há nenhuma história curiosa nem nenhuma tradição por trás da escolha! 

Quando fiquei grávida da Carminho, ficámos a saber na primeira ecografia que havia cerca de 80% de certezas que fosse uma menina. Na verdade não precisava de uma confirmação pois sentia que seria uma menina, não me perguntem como mas tinha a certeza que ia ter uma menina. Quando contei à minha família, poucos acreditaram que fosse mesmo uma menina, pois os filhos dos meus primos direitos eram TODOS rapazes (8!). Já todos tinham tentado ter uma menina e ninguém tinha conseguido, até que ouvimos "se vocês tiverem uma menina, nós voltamos a tentar!" =). 

O André não quis falar muito no assunto da escolha do nome até à segunda ecografia mas, nessa altura, já tínhamos dois nomes falados: Benedita e Carminho. O André queria que se chamasse Benedita, eu queria que fosse Carminho. Passámos dias a pensar no assunto, sendo que TODA a gente, fazia questão de dizer o que preferia (mesmo que não perguntemos, todos dão a sua opinião, não é verdade)? Um dia cheguei a casa e o André diz-me: para mim está fechado. Vai ser Carminho! Não é Carmo, nem Maria do Carmo, é mesmo Carminho! Vimos expressões de surpresa, franzir de sobrolhos, comentários do tipo "não façam isso! Quando for velhota vai ser a avó Carminho!Onde é que isso já se viu?" ou até "mesmo Carminho? Mas isso é diminutivo!" mas não quisemos saber. Registámo-la com esse nome e cada vez gostamos mais da nossa escolha....ao ponto de termos tido imensas dificuldades em escolher o nome na segunda gravidez! 

Mudámos de ecografista agora na segunda gravidez e esta médica não quis avançar o sexo sem ter a certeza. Até lá fomos sempre pensando em nomes mas eu nunca gostava das sugestões do André e ele nunca gostava das minhas (típico!). Também não queríamos que o nome começasse com "C" como o da Carminho, por isso excluímos logo alguns nomes. Eu queria muito Francisca ou Maria Francisca e ele dizia que não havia nenhum nome que gostasse verdadeiramente. Dizia ele que não tinha encontrado nenhum nome como Carminho, que lhe transmitisse os sentimentos que a sonoridade deste nome transmitia...O tempo continuva a passar e eu a ficar zangada porque estávamos a dois meses de ter a Frederica nos braços e nada de nome. Até que um dia eu digo: "que tal Francisca?" (depois de ter insistido MIL vezes) e ele diz: "Francisca não, Frederica". E pronto! Nome encontrado! =)

Confesso que ainda não me habituei à ideia de ter mais uma filha e que esta se chama Frederica (muitas vezes ainda penso que só sou Mãe da Carminho!) mas acho que isto é comum a muitas Mães, verdade? 
Por aí como é que foi a escolha dos nomes? Foi fácil chegar a um entendimento? 


Fofo e vestido Casinha do Botão 

Um beijinho, 

Mafalda