segunda-feira, 25 de junho de 2018

As aulas da Frederica no Gymboree

Já vos expliquei por aqui porque é que a Carminho frequenta o Gymboree de Carnaxide (neste post) mas ainda não vos contei sobre as aulas da Frederica - Sensory Baby Play. Estas aulas inserem-se no programa Play & Learn.  São exclusivas para bebés dos 2 aos 6 meses (nível 1) e o objetivo primordial é desenvolver as competências motoras e sensoriais do bebé nos primeiros meses de vida ,ao mesmo tempo que oferece aos pais a possibilidade de aprender a desenvolver estas mesmas competências em casa. 

As atividades em que o bebé participa são sempre com a colaboração e vigilância do pai/mãe e seguem sempre o mesmo fio condutor, uma canção de boas vindas e uma canção no momento da despedida. Entre estes dois momentos, as atividades vão variando, quase sempre ao som de uma música (o que é óptimo para o desenvolvimento da plasticidade do cérebro). Há jogos com lanternas, reflexos no espelho, linguagem gestual, instrumentos musicais, brinquedos adequados à idade em questão, atividades de grupo, bolinhas de sabão (sem sabão) e o famoso paraquedas do Gymboree. 

Sempre que fomos, notei que a Frederica adorava participar, primeiro porque só houve uma vez que adormeceu e, depois, porque toda a sua atitude demonstrava querer interagir. Apesar de já não ser Mãe de primeira viagem e de ser professora, pude aprender imenso sobre como brincar com um bebé de forma a poder estimulá-lo e desenvolver as suas capacidades de forma correta. 



Sempre atenta a ver o que a rodeia =)



Minha tartaruga









Os vários Gymbos, a mascote do Gymboree que todos adoram

Desde que regressei ao trabalho que se revelou difícil de voltar às aulas mas agora que o ano letivo está a terminar esperamos conseguir fazer umas quantas de nível 2 (dos 6 aos 10 meses). 

Experimentem pois vale muito a pena! Contactem a Catarina do Gymboree de Carnaxide e marquem a vossa aula experimental! Depois contem-me o que acharam! Tenho a certeza que vão ADORAR! 

Um beijinho, 

Mafalda   

quinta-feira, 14 de junho de 2018

A Carminho não come nada!

Nunca tivemos grandes problemas com a alimentação da Carminho, sempre comeu de tudo e sempre demonstrou vontade em experimentar novos sabores e em variar. Em bebé, o apetite dela era normal, nunca o prato esteve muito cheio mas comia sempre uma refeição completa (sopa, prato e fruta). Ao chegar ao primeiro ano de idade e, dado que passámos a partilhar as nossas refeições com ela, o leque de opções foi sendo, progressivamente, alargado. Mais à frente, começou a demonstrar claras preferências na hora do lanche e, hoje em dia, as suas escolhas andam entre as gelatinas, os iogurtes e os queijinhos (estes, estes ou estes, sim ela adora queijo).

Por volta dos 2 anos, começou a deixar de comer o que comia e a quantidade que comia. O primeiro sinal foi a sopa que adorava e comia com gosto e que, de repente, começou a rejeitar. Nunca fomos muito insistentes com a comida nem nunca fizemos muita pressão com o facto de comer ou não certas coisas (nomeadamente vegetais) mas , havia dias em que a Carminho comia bem e outros em que não comia quase nada. O tempo começou a passar e apercebemo-nos que não seria uma fase de dias mas de semanas ou mesmo meses. Falei disto com a nossa Pediatra e disse-me que era perfeitamente normal.  Chegada à fase dos dois anos, as crianças começam a demonstrar certas preferências no que diz respeito à alimentação chegando, por vezes, a deixar de querer comer aquilo que adoravam anteriormente. Durante este processo, a nossa atitude foi sempre tentar que a Carminho comesse. Inicialmente, por desesperar com a pouca quantidade de comida, cheguei a dar-lhe outras opções mas rapidamente nos apercebemos que o melhor seria não exasperar e aguardar que tivesse fome na refeição seguinte, não deixando que petiscasse nos intervalos. Tem sido assim no último ano, há dias em que come este mundo e o outro e há dias em que não quer sopa, em que come duas garfadas do prato principal e uma peça de fruta.

Em conversa com outras Mães, apercebi-me que este processo tem um nome, que há estudos sobre isto e que há orientações concretas no documento de Orientações Técnicas de Saúde Materna, Infantil e dos Adolescentes da Direção Geral de Saúde. Chama-se Anorexia Fisiológica dos 2 anos e é um processo pelo qual todas as crianças passam, numas é mais visível, noutras nem tanto. Numas crianças demora semanas, noutras meses. Umas reagem de uma forma, outras de outra.

A Anorexia fisiológica não tem nada a ver com a outra anorexia que todos conhecemos, esta é de origem fisiológica, a outra é de origem nervosa. De uma forma simples, chama-se anorexia porque tem a ver com a perda de apetite. Os estudos indicam que há uma grande curva de crescimento (peso e crecimento/altura) no primeiro ano de vida, onde os bebés aproveitam tudo o que ingerem para se desenvolver. Depois disso, o corpo sinaliza que já não será necessário uma ingestão tão grande de nutrientes e as crianças começam a deixar de querer comer com a mesma vontade com que comiam até então.     

Agora que olho para trás, acho mesmo importante que isto seja falado pelos Pediatras, não para deixar os pais alarmados mas para fornecer aos pais ferramentas para lidar com o assunto de uma forma mais tranquila. Para nós adultos, há dias em que é muito difícil lidar com este assunto pois exige de nós muito autocontrole. Imaginem-se a cozinhar um dos pratos preferidos do vosso filho, a prepararem uma salada como tanto gosta e, chegada a hora da refeição, leva duas garfadas à boca e diz "Já não quero mais". É desesperante! Damos por nós a pensar em mil e uma possibilidades de refeição só para que coma mais um bocado do que anda a comer.  

Tudo isto para vos dizer e tranquilizar....acreditem que vai passar! Neste momento a Carminho já voltou a comer melhor e, agora com o Verão e os dias de praia, acredito que o apetite irá voltar em força. Apesar da nossa Pediatra não nos ter falado claramente deste processo, acabou por nos dar dicas de como abordar este assunto e ultrapassá-lo da melhor forma:

- não fazer dramas! Insistir mas sem chantagens, ameaças, ipads ou outras formas de negociação;

- evitar que petisque entre refeições; 

- não oferecer doces ou outros alimentos preferidos para compensar o que não comeu;

E, por último, se não houve grandes perdas de peso, se está feliz e se continua com uma boa atividade física, não há motivo para preocupação! É esperar que esta fase passe =)




Por aí, como foi? O que é que notaram?

Um beijinho,

Mafalda