segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Mantra para 2018

Sinto-me, muitas vezes, revoltada e triste com o povo português. Não, isto não é nenhum post de vitimização mas antes um alerta para levar a pensar e a refletir se queremos mesmo ser desta forma ou se a revolução pode começar em cada um de nós para, posteriormente, começarmos a mudar as coisas à nossa volta. Acredito mesmo que podem ser baby steps mas, pouco a pouco, podemos conseguir mudar alguma coisa e chegar cada vez mais perto do nosso objetivo e isto serve para uma consciência ambiental, para solidariedade ou para o civismo. 

A semana passada, em conversa com o André, cheguei à conclusão que somos um povo de fingidores. É triste mas é o que temos sentido (e testemunhado): o português finge que não se apercebe que entrou outra pessoa no elevador ou que vem alguém atrás dele quando vai fechar uma porta; finge que não vê a carta caída no chão à beira das caixas do correio (e que até é do vizinho); finge que não vê que o vizinho se esqueceu de fechar o portão da garagem; finge que não reparou que o lugar de estacionamento é reservado a deficientes, pais com crianças ou grávidas, finge que não vê que atrás de si na fila do supermercado está uma grávida ou até uma pessoa que apenas tem um produto para pagar.

O português finge que não vislumbra um cego a precisar de ajuda para atravessar a rua ou uma pessoa mais velha que precisa de ajuda com o telemóvel; finge que não ouve o vizinho de cima a bater na mulher e finge que também não reparou que estava um homem com um bebé num carrinho à espera de ser atendido na fila da charcutaria (a situação do André). Finge que não viu outra pessoa dentro do carro já à espera do lugar para estacionar (perdi a conta às vezes que isto já me aconteceu) e finge, também, que não viu que o outro condutor tem prioridade!

E a lista continuava...vos garanto que tinha muito para enumerar mas acho que estas situações já serão óptimos exemplos daquilo que vos quero mostrar. Na minha religião chama-se "amar o próximo" mas já nem peço tanto, apenas respeitar o próximo. Podemos tentar fazer disto um mantra? Podemos gastar 2 ou 3 minutos com alguém que precisa de nós mas que não nos é nada? Podemos entrar no elevador e dizer "bom dia, boa tarde ou boa noite?". Podemos ceder a vez na fila a quem tem apenas um produto e deixar passar quem realmente precisa?

Sinto mesmo que é possível mudar, basta que cada um de nós tente fazê-lo todos os dias. Tenho a certeza que se sentirão muito melhor e que farão os outros muito mais felizes. Pensem nisso!

Boa semana!

Um beijinho,

Mafalda



1 comentário:

  1. Sinceramente não sinto isso. Quer dizer já vi todas essas situações a acontecer, mas não são a regra. Ainda assim, vale sempre a pena chamar a atenção, ajuda sempre a estarmos mais atentos aos nossos comportamentos!

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