terça-feira, 21 de agosto de 2018

Coração de mãe NUNCA se engana!

Nos primeiros dias de agosto, uma semana depois de termos chegado, a Frederica começou a ter febres altas. Começou a ficar queixosa e a febre não baixava por nada. Esperámos os três dias (como aconselhou a Pediatra) e lá fomos com ela ao Hospital Particular do Algarve (a urgência particular mais perto de Lagos é no Alvor). Diagnóstico: otite. Antes disso, já tínhamos reparado numas manchas brancas na parte interior das bochechas e no céu da boca e tínhamos percebido que seria sapinhos (candidíase oral). Por esta razão, comecei logo a dar-lhe o Daktarin que já tinha pelo facto da Carminho já ter apanhado, também, sapinhos quando era bebé (por volta da mesma altura). Cortou-me o coração vê-la tão murcha durante estes dias mas logo que a pomada e o antibiótico começaram a fazer efeito, tivemos a nossa Kiki de volta! =)

Infelizmente, na semana passada foi a vez da Carminho. Começou, também, a ter febre, ficou murcha e começou a deixar de comer. Perguntámos-lhe se lhe doía alguma coisa, carreguei-lhe nos ouvidos (inicialmente pensávamos que pudesse ter, também, otite) e nada. A única coisa que dizia era que lhe doía a barriga. Na madrugada de Sábado, acordou as 4h da manhã a arder em febre e a delirar. Dizia coisas sem nexo e não aquietava, o que me levou logo a ficar preocupada. Inicialmente, o André queria esperar mais um dia mas, depois de tanto insistir, lá me deu razão. Decidimos que iríamos levá-la à urgência, desta vez a Faro pois a urgência pediátrica do Alvor só funcionava a partir das 10h. Deixámos a Kiki com os meus pais e às 5h da manhã metemo-nos no carro rumo ao Hospital Particular de Gambelas (Faro). Custou-nos muito fazer a viagem para Faro, primeiro porque foi de madrugada, depois porque não é assim tão perto de Lagos. Ainda assim, naquele momento só queríamos ver a Carminho restabelecida e saber o porquê da febre tão alta. Chegámos e fomos logo chamados para fazer a triagem: em 30 minutos ficámos a saber que tinha amigdalite. O Pediatra foi impecável e disse-nos que, muitas vezes, os sintomas passam não só pela dor de garganta como pela dor de barriga. Resumindo: partilharam o mesmo antibiótico e dois ou três dias depois, a Carminho já parecia outra. 



Os pais que aprendam: uma Mãe tem sempre razão, não concordam? 

Um beijinho, 

Mafalda 

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A dermatite atópica (da Frederica)

Tinha a Frederica cerca de 7 meses quando, um dia, descobri que as costas estavam cheias de manchas vermelhas e a pele estava muito irritada. Uns dias antes tinha reparado que a Frederica se mexia muito quando estava deitada de costas mas, como ela é muito enérgica, pensei que seriam movimentos para convidar à brincadeira.  Contactámos a Pediatra por mensagem e enviámos-lhe as fotografias: seria difícil de avaliar sem ser presencialmente mas, ao que parecia, seria eczema. Fez-nos algumas advertências e, uns dias depois, estava confirmado o diagnóstico: dermatite atópica. 

Para quem não sabe, a dermatite atópica é uma doença inflamatória da pele e é cada vez mais comum. Não tinha ideia mas manifesta-se, geralmente, durante o primeiro ano de vida e os sintomas podem ser, progressivamente, atenuados (à medida do crescimento), podendo mesmo vir a desaparecer durante a adolescência ou na idade adulta. A carga genética aqui é importante mas, no nosso caso, nenhum de nós tem dermatite atópica nem temos registo de episódios de alergias, asma ou rinite alérgica. A doença normalmente tem duas fases: uma em que a pele está mais calma (fase inactiva ou intervalo) e outra em que a pele está muito irritada, com eczema e onde é precisa a ajuda de medicação própria - corticosteroides - para parar a inflamação de forma mais rápida (fase ativa). 


Imagem retirada do site da Eucerin


Nunca pensei que a Frederica pudesse vir a ter uma doença destas, até porque a pele dela não me parece seca mas, pelos vistos, estava enganada. Além da consulta com a Pediatra onde pudemos perceber que cuidados teríamos de ter, tenho lido e pesquisado bastante. Percebi que a dermatite não se manifesta de igual forma em todas as pessoas e que os cremes poderão funcionar em determinadas peles e noutras não. Segundo a nossa Pediatra, é, muitas vezes, difícil de encontrar uma marca que consiga acalmar e proteger a pele por isso, quando lhe dissemos que tínhamos experimentado a  gama da ISDIN e que estava a funcionar, disse-nos para não trocar de marca nem experimentar mais nada.
Assim temos feito.


Conselhos a reter: 

* Banho rápido e com água morna. Gel de banho para pele atópica e creme emoliente de seguida. A pele deverá ser muito hidratada de forma a evitar que fique seca.  

* Roupa fresca (a Frederica é muito quente e como tem a dermatite não a posso agasalhar muito pois o calor agrava) e sempre de algodão

* Retirar as etiquetas da roupa 

* Manter as unhas curtas para evitar que se coce e faça ferida 

* Manter a temperatura ambiente fria e baixa humidade. (agora no Verão o quarto tem a janela semiaberta e a Frederica dorme, apenas, de fralda).  

* Avisar professores e educadores (no caso da Frederica avisei a Educadora que fez questão de ficar munida dos produtos que utilizamos, tendo colocado avisos junto ao trocador para que a Frederica só use os produtos que levamos). 

Espero ter ajudado a quem esteja a passar pelo mesmo. Nos momentos de crise utilizamos o Atrovent que faz milagres! Aconselho, no entanto, a falarem com o Pediatra ou com o Dermatologista pois, tal como referi anteriormente, cada caso é um caso.  

Um beijinho, 

Mafalda