sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Fora da caixa!

Devem ter reparado que não escrevo no blog há vários meses e que a minha presença no instagram tem andado menos visível. É verdade...há uma razão para isso! 

Por enquanto não vos vou poder adiantar muito mais mas posso já dizer-vos que é um projeto que saiu, finalmente, da gaveta! Há já alguns anos que tinha este sonho e agora vai tomar forma! Posso já dizer-vos que será um projeto com a minha cara, com o meu cunho pessoal...foi tudo pensado ao pormenor e com uma equipa magnífica que me apoiou desde a primeira troca de mensagens! 

Foram quase quatro meses com uma mente inquieta. Quatro meses quase sem dormir de tão entusiasmada estou com isto tudo. Um caminho longo e difícil (como tudo nesta vida, certo?), onde tenho aprendido tanto mas tanto que vocês não imaginam! Horas de trocas de email, kilómetros no carro, pesquisas...tudo em segredo! (só mesmo os mais próximos sabem aquilo que vou revelar!). 

Conto mostrar-vos tudo na segunda-feira dia 23 de setembro mas peço-vos que até lá, vão espreitando o meu instragram pois vou levantando o véu devagarinho! Logo logo vou partilhar convosco este meu projeto que passará a ser, também, vosso (espero eu!). 

Imagem retirada do pinterest


Posso contar com o vosso apoio? Com a vossa partilha? 

Um beijinho, 

Mafalda  

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Filhotas a crescer a todo o gás! (e uma Mãe quase em desespero!)

Digo, muitas vezes, que não me conformo por crescerem tão rápido! Ainda há uns dias segredava ao ouvido da Carminho que não queria que ela crescesse, respondeu-me: "oh Mãe, mas eu quero ser crescida!" =)

Acho que só senti verdadeiramente a passagem do tempo quando vi os meus avós partirem e quando as minhas filhas nasceram. Até essa altura, o tempo era coisa que não me assustava...confesso que, há uns tempos para cá, não vivo bem com isso. Ainda assim, vou tentando viver e aproveitar ao máximo as minhas filhas pois sei que, num abrir e fechar de olhos, não param em casa e a companhia passa a ser outra, verdade? 

Tinha pensado fazer alguns programas com a Carminho durante estas férias da Páscoa mas, infelizmente, a maioria foi por água abaixo devido ao mau tempo. Aproveitámos e descansámos, brincámos e estivemos sempre juntas, isso é o que conta no meio disto tudo. Foi, também, durante as férias que, num desses dias, acordou a dizer que queria muito furar as orelhas. Perguntou-me se eu deixava e se eu podia ir com ela. Já há muito que falava sobre isso mas disse-lhe, sempre, que só a levava a furar as orelhas quando ela se sentisse preparada, quando quisesse verdadeiramente. Já lhe tinha explicado, também, como seria todo o processo: desde a escolha dos brincos, à utilização da pistola e até lhe falei da dor. Uma das coisas que aprendi desde que me tornei Mãe é dizer sempre a verdade...custa mas, se for de uma forma leve e objetiva, a criança entende e aceita. Se o fizermos sempre, a nossa relação é construída com base na verdade e na confiança e isso não tem preço (pelo menos para nós).  

Tinha ouvido falar do método inverness (aqui) e sabia que era o método utilizado na farmácia Líbia em Alvalade. E lá fomos. Quando lá chegámos, disseram-nos que teria de ficar para a tarde daquele dia porque, de manhã, estariam concentrados no atendimento e nas consultas. Pensei: "pronto, entretanto ela vai desistir". Enganei-me. Esteve o tempo todo o falar sobre isso até regressarmos à farmácia. Antes de lá entrarmos novamente, parei à porta, baixei-me ao nível dela e perguntei-lhe: "Carminho, é mesmo isto que queres fazer? Queres mesmo furar as orelhas? Se achares que não estás preparada, voltamos outro dia." Respondeu-me: "Não Mãe, quero furar agora!". 

E pronto, orelhas furadas e nem uma lágrima, a não ser a da Mãe que se emociona com tudo! Ganhou os parabéns dos dois farmacêuticos que lhe furaram as orelhas e saiu da farmácia de certificado na mão e de sorriso de orelha a orelha!  



Blusa Sal & Pimenta 
Ténis Zippy 



Terá ficar com estes brincos postos durante 3 meses. Por essa razão, escolhemos estes plaqueados a ouro com uma pérola pequenina. São hipoalergénicos e o sistema de fecho não é regulável, estando escondido numa cápsula protectora. O sistema de cicatrização é mais seguro também. 

Quanto à nossa Kiki, também nos tem dado provas que quer crescer a todo o gás. De há uns dias para cá, tem demonstrado que quer largar a fralda, pedindo para ir à sanita quando sente vontade. Temos colaborado sempre, mesmo até quando é falso alarme (o que representa cerca de 2 vezes em cada 5! Nada mau"). Vamos continuar este processo até que vejamos indicações, por parte dela, que não se sente preparada. Temos consciência de que é muito cedo (só tem 18 meses) mas, também,  percebemos a vontade que tem em ser mais crescida, em fazer tudo o que a Carminho e os amigos da sala (creche) fazem. Vamos ver...


Fotografia enviada pela Educadora 


Bom fim de semana! 

Um beijinho, 

Mafalda


quarta-feira, 13 de março de 2019

Fomos à homeopata!



Tantas de vocês me têm pedido post sobre a consulta de homeopatia (através da nossa página de instagram - aqui)  que aqui estou para vos dar feedback. Antes disso, preciso de voltar um bocadinho atrás para vos explicar a razão pela qual decidimos recorrer a um homeopata. 

A Kiki ainda tinha meses quando fez duas bronquiolites quase de seguida. A par disso, andava sempre com tosse, uma tosse seca que teimava em não passar. Não estava obstruída e mesmo assim tinha aquela tosse. Falámos com a nossa Pediatra e recomendou-nos fazer tratamento com singulair, dizendo-nos que, provavelmente, poderia ter alguma alergia ou problema respiratório. Faríamos tratamento e veríamos se voltaria a tossir ou a ter bronquiolite. A Kiki começou a tomar a medicação e, coincidência ou não, a pele reagiu. Fez uma enorme reação nas costas e foi, nesta altura, que descobrimos que tinha dermatite atópica. Suspendemos o singulair e, na consulta seguinte, a médica desvalorizou esta ligação. Dado que tinha parado de tossir e nunca mais tinha tido episódios de bronquiolite, mandou-nos continuar com o tratamento. Continuámos até ao mês de fevereiro. 

No Verão teve a primeira bronquiolite e, a partir daí, seguiram-se mais meia dúzia, uma delas bilateral. Depois da terceira otite e, incentivados pela Pediatra, fomos ao otorrinolaringologista que, depois de analisar um timpanograma feito à Kiki, nos disse que tinha uma ventilação deficiente nos ouvidos e que, por essa razão, tinha tantas otites. Recomendou-nos fazer tratamento com um corticóide - Nasomet - e regressar lá cerca de três meses depois. Se as otites persistissem, pensaríamos em ajustar a medicação e/ou na colocação dos tubinhos nos ouvidos (que todos conhecem por ter uma alta taxa de sucesso no tratamento das otites). A meio de fevereiro estávamos a suspender o Nasomet pois achámos que não estava a surtir efeito e, sendo um corticóide, não nos inspirava confiança. Reflectimos os dois e resolvemos abolir o singulair também (note-se que esta decisão foi tomada por nós e não pela Pediatra, neste momento nada sabe sobre este assunto). 

Há uns dias uma amiga falou-me da Dra Cristina Pombo (homeopata) e depois de pensarmos e pesarmos tudo, decidimos arriscar e marcámos consulta para o passado domingo (sim, ela dá consultas ao domingo!). Estivemos cerca de uma hora em consulta e só posso dizer que nos fez quase um RX à Kiki. Perguntou tudo: o que gostava de comer, como é que se comportava, doenças, historial familiar, hábitos, sono, transpiração...tudo o que possam imaginar! 

Explicou-nos que o Singulair tem como princípio o montelucaste e que é um broncodilatador ou seja, bloqueia os locotrienos - responsáveis pelo estreitamento e inchaço das vias respiratórias - e ajuda a controlar a asma e os sintomas de alergia. Além disso, é um imunosupresssor, o que quer dizer que atua como bloqueador da atividade do sistema imunológico, não deixando que atue e que faça a sua função de forma efetiva. No fundo, congratulou-nos por termos parado de dar estas duas medicações pois, em traços gerais, não tratam a doença, camuflam-na. 

Frisou várias vezes que a homeopatia não pretende agir da mesma forma que a medicina tradicional, ou seja, não é suposto estar constantemente a medicar. Faz-se um tratamento homeopático e espera-se que dê resultado, não sendo mais necessário recorrer ao mesmo posteriormente. 

Combinámos que continuaríamos com o antibiótico (pois já ia a meio do tratamento), faríamos um dia de paragem e iniciaríamos o tratamento homeopático para atuar contra as otites (serão apenas três bolinhas diluídas em água morna). Deu-nos, também, indicação de outra medicação homeopática para termos em casa em SOS e disse-nos para a contactar por sms caso volte a ficar doente. 

Vamos ver...estamos muito esperançosos e queremos mesmo o tratamento menos agressivo e o mais confortável possível para a Kiki.     

Por aí, já recorreram à homeopatia? Contem-me tudo! 

Um beijinho, 

Mafalda 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Filhos em tudo diferentes

Outro dia uma colega dizia-me qualquer coisa como isto: "eu era muito boa a dar conselhos antes de ser Mãe". Fiquei a matutar naquilo e achei a frase fantástica. Caramba! Quantas de nós já chegaram a esta conclusão? 

Antes de ser mãe dizia que ia fazer assim ou assado, que não ia dar colo a mais às minhas filhas, que não as ia deixar dormir na nossa cama, que ia dizer "não" aos telemóveis e ipads, que não ia deixar comer doces antes dos 20 anos (brincadeirinha!)...ui, tantas promessas que fiz(emos)! Tudo isto, claro, antes de nos tornarmos Mães. E é, por essa razão, que tento ao máximo não criticar. Ninguém sabe verdadeiramente como é estar numa determinada situação senão a pessoa que a vivencia! Podemos tentar perceber e ajudar mas julgar não ajuda, só complica!

Uma das coisas que me fazia confusão é pensar como é que, dentro da mesma casa, haveria dois irmãos tão diferentes. Não estou a falar enquanto adultos, com personalidades distintas. Achava esquisito como é que uns pais educariam da mesma forma dois filhos tendo um deles um comportamento totalmente distinto. Achava estranho até nascer a Frederica. Até perceber que a exigência é exatamente a mesma mas o comportamento completamente diferente. Nunca soube o que era ralhar 10 vezes no espaço de 1 minuto, nunca soube o que era andar pela casa com um bebé colado à minha perna a exigir atenção, nunca soube o que era ter um chão cheio de brinquedos espalhados por todo o lado até debaixo do sofá, nunca soube o que era uma birra de se atirar para o chão e bater com os pés, nem muito menos um "não" com o dedo indicador levantado...nunca soube nada disto, até nascer a Frederica! 

Dizem que os segundos são, em tudo, diferentes dos primeiros. Nós tentamos ao máximo colocar o mesmo amor e os mesmos princípios na forma como a educamos mas a Frederica é tão mas tão diferente! É a nossa maior alegria mas consegue tirar-nos do sério e desafiar-nos como só ela! As pessoas riem-se da safadice dela e nós muitas vezes também achamos graça mas há dias em que desesperamos com tanto desafio! 



Por aí como foi? Os segundos mais safados que os primeiros ou não? 

Um beijinho, 

Mafalda