quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Sobre o timing certo para avançar para o 2º filho

Ao longo da gravidez da Frederica dei por mim a pensar em ser mãe de duas filhas. E as dúvidas assolavam-me: 

Será que vou amar a Frederica da mesma forma que amo a Carminho? 

Será que a Carminho a vai aceitar bem? Será que vai cuidar dela? 

Será que vou agir da mesma forma com a Carminho ou serei mais condescendente? 

Será que vou conseguir educar as duas da mesma forma? 

Será que vou ser capaz de gerir tudo?

Pensei, também, que a Carminho tinha sido uma grande privilegiada pois, além de primeira filha, era primeira neta e primeira sobrinha neta (menina) na família do lado da minha mãe. Quando descobri que estava grávida, dei por mim a questionar se nos teríamos decidido pela altura certa ou se foi somente um desejo muito grande por nós partilhado. Questionei muitas coisas, até mesmo o facto de estar a "roubar" tempo de filha única à Carminho. Pensei se estaríamos a fazer o correto pois, caso não engravidasse já, poderíamos "aproveitá-la mais", vivenciando cada etapa com mais sabor e intensidade. Depois, lembrei-me da minha mãe e dos seus irmãos (eram 8 filhos), da forma como foram educados, das experiências que partilharam e da união que foram construindo. É isto mesmo que quero construir! 

Logo que contei que estava grávida à nossa pediatra, respondeu-me: "Parabéns! Vocês vão dar à Carminho o melhor dos presentes, nunca duvidem disso!" E acredito mesmo nesta verdade. Hoje sei e sinto que fizemos o melhor e o mais acertado. (em relação a isto, o André diz sempre que se pensarmos muito, o timing de ter outro filho nunca é o ideal!). A Carminho adora a irmã e a Frederica perde-se de amor por ela. Eu e o André ficamos, muitas vezes, embevecidos com os gestos de amor e carinho da Carminho para com a Frederica e o olhar enternecedor dela para com a Carminho. A Frederica é a primeira pessoa que a Carminho quer ver quando acorda e a última que recebe um beijinho dela. 

Sei que se irão desentender como tantos outros irmãos, que se irão zangar e disputar brinquedos e atenção, sei que irão bater com a porta e fazer queixinhas uma da outra mas, no final, o amor prevalece. Independentemente de todas as agruras, vão sempre gostar uma da outra, terão sempre os seus segredos e a sua cumplicidade. Serão sempre irmãs, serão sempre nossas filhas.



É isso que conta, não é?

Um beijinho, 

Mafalda     


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