segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Filhos em tudo diferentes

Outro dia uma colega dizia-me qualquer coisa como isto: "eu era muito boa a dar conselhos antes de ser Mãe". Fiquei a matutar naquilo e achei a frase fantástica. Caramba! Quantas de nós já chegaram a esta conclusão? 

Antes de ser mãe dizia que ia fazer assim ou assado, que não ia dar colo a mais às minhas filhas, que não as ia deixar dormir na nossa cama, que ia dizer "não" aos telemóveis e ipads, que não ia deixar comer doces antes dos 20 anos (brincadeirinha!)...ui, tantas promessas que fiz(emos)! Tudo isto, claro, antes de nos tornarmos Mães. E é, por essa razão, que tento ao máximo não criticar. Ninguém sabe verdadeiramente como é estar numa determinada situação senão a pessoa que a vivencia! Podemos tentar perceber e ajudar mas julgar não ajuda, só complica!

Uma das coisas que me fazia confusão é pensar como é que, dentro da mesma casa, haveria dois irmãos tão diferentes. Não estou a falar enquanto adultos, com personalidades distintas. Achava esquisito como é que uns pais educariam da mesma forma dois filhos tendo um deles um comportamento totalmente distinto. Achava estranho até nascer a Frederica. Até perceber que a exigência é exatamente a mesma mas o comportamento completamente diferente. Nunca soube o que era ralhar 10 vezes no espaço de 1 minuto, nunca soube o que era andar pela casa com um bebé colado à minha perna a exigir atenção, nunca soube o que era ter um chão cheio de brinquedos espalhados por todo o lado até debaixo do sofá, nunca soube o que era uma birra de se atirar para o chão e bater com os pés, nem muito menos um "não" com o dedo indicador levantado...nunca soube nada disto, até nascer a Frederica! 

Dizem que os segundos são, em tudo, diferentes dos primeiros. Nós tentamos ao máximo colocar o mesmo amor e os mesmos princípios na forma como a educamos mas a Frederica é tão mas tão diferente! É a nossa maior alegria mas consegue tirar-nos do sério e desafiar-nos como só ela! As pessoas riem-se da safadice dela e nós muitas vezes também achamos graça mas há dias em que desesperamos com tanto desafio! 



Por aí como foi? Os segundos mais safados que os primeiros ou não? 

Um beijinho, 

Mafalda