sábado, 30 de dezembro de 2017

2017 - o ano do maior desafio

2017 foi um bom ano.
Começou triste com a morte do meu avô paterno em fevereiro mas feliz pouco depois, quando descobrimos que estava grávida da Frederica. Queria muito ter, pelo menos, mais um filho e esse desejo acabou por realizar-se.
Confesso que esta segunda gravidez foi difícil para mim (a da Carminho correu na paz do Senhor!). A minha obstetra tinha-me dito que cada gravidez é diferente, que não se pode comparar. Existem diferentes sintomas, diferentes estados de espírito, diferentes formas do corpo...e é tudo verdade. O facto de já ter a Carminho cansou-me muito pois, geralmente, sou eu que estou mais tempo com ela. Findou o Verão e a Frederica decidiu nascer às 35 semanas, mesmo apesar de eu ter tentado abrandar o ritmo e descansar mais. Foi um susto mas felizmente correu tudo bem, nasceu de parto normal e sem ajuda respiratória.

Viemos para casa e apareceram as dificuldades. Uma bebé recém nascida cheia de cólicas, o Pai a trabalhar até tarde e a Carminho a exigir atenção redobrada. Graças à minha Mãe que, mais uma vez me ajudou (sendo incansável), consegui orientar as coisas em casa e organizar o dia-a-dia. Essa ajuda foi absolutamente fundamental e felizmente não me canso de agradecer a Deus por ter este anjinho (juntamente com outro que é o meu pai) nas nossas vidas, sem eles não sei mesmo como seria. (quando tiverem um bebé não tenham vergonha de pedir ajuda, principalmente a quem vos é mais próximo. É muito importante para o vosso bem-estar!).

Outra pessoa fundamental neste processo foi a Irina, do blog Estaca Zero. Para quem não conhece, a Irina é Psicóloga e Facilitadora de Parentalidade Consciente. A Irina foi um peça-chave nesta fase porque me ajudou a reflectir e a mudar a minha atitude para com a Carminho quando já nem conseguia ver a luz ao fundo do túnel. De um momento para o outro, deixei de reconhecer a minha filha. Começou a não querer dormir na cama dela, a perder o apetite, a deixar de querer brincar,  fazia constantemente birras e não se queria vestir (vestir e despir o pijama eram verdadeiros atentados à minha paciência). Se acordava durante a noite, chamava por mim ou pelo Pai e ora pedia colo, ora leite. Sinceramente, achei que não ia conseguir. Achei que isto ia durar para sempre e que teria de ter de me habituar a ter "outra filha". Foi uma fase muito cansativa e exigente. Chegava ao fim do dia  extenuada, chorando muitas vezes sozinha. Felizmente e, com os conselhos da Irina, pude perceber que somente eu conseguiria mudar a atitude da Carminho. Tive de parar para pensar, refletir muito para conseguir perceber que teria de respirar fundo, custasse o que custasse. Teria de ter tempo para a ir buscar à ama, sentar-me para brincar com ela, dar-lhe banho, ouvi-la, dar-lhe colo, fazer programas com ela, senti-la. Tive de me esforçar por lhe passar a mensagem de que a Mãe não deixou de gostar dela, de que a Mãe irá sempre amá-la da mesma forma, aliás cada vez com mais intensidade porque o amor de Mãe é mesmo assim, desmedido.

2017 entrou com uma perda mas acaba com a chegada de mais uma vida. E apesar de poderem pensar que é um cliché, não consigo deixar de vos dizer que me sinto abençoada por ser Mãe da Frederica e da Carminho. Não acredito que a felicidade passe somente pelos filhos mas não consigo esconder que nunca estive tão feliz na minha vida. Que me orgulho imenso de ter casado com o A. que me faz feliz todos os dias, mesmo nos momentos mais difíceis (quem não os tem?). Que me sinto feliz por tudo o que já conquistámos e pelos sonhos que vamos desenhando a dois.
Estou feliz. Obrigada 2017. Venha 2018. 


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A vocês que estão desse lado a dar-me força e a acarinhar-nos diariamente, o nosso OBRIGADA. Com a quantidade de blogs que há hoje em dia, sinto-me grata por vos ter desse lado. Deixo-vos com a promessa que, para o ano, serei mais assídua e mais regular (tem de ser!). Farei um esforço por partilhar mais as minha dúvidas, os momentos felizes mas também os tristes e espero poder realizar e mostrar alguns projectos que tenho em mente.

Desejo-vos saúde, amor e paz pois cada vez mais acredito que estas três coisas alimentam a nossa felicidade e o nosso bem-estar. Sejam felizes em 2018!

Um enorme beijinho,

Mafalda                 

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