sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Creche ou família?


Imagem retirada do Pinterest

N´A Revista do Jornal Expresso do passado domingo vinha, nas primeiras páginas, um artigo que visava comparar os primeiros anos de vida de um bébé numa creche vs. em família. Hoje em dia (e, contrariamente ao que deveria acontecer), as mães precisam de voltar ao trabalho após a licença de maternidade (120 ou 150 dias). Neste sentido e, dado que, muitas vezes, não têm com quem deixar os seus bébés, fazem uma extensa procura da melhor creche para onde os irão inscrever. Ora, segundo Maria Júlia Guimarães, presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria do Neurodesenvolvimento, "Dos nove meses ao ano e meio, o bébé está no auge da chamada "reação ao estranho" e mais ligada afetivamente ao seu cuidadir, pelo que oferecerá mais resistência. Convém que a ida para a creche aconteça antes ou depois desta fase". Ainda assim, destaca que qualquer escolha deve valorizar "menos a preocupação pelas aquisições cognitivas e mais a capacidade de empatia do cuidador". 

Mais à frente, um estudo realizado na Universidade de Turim revelou que "em comparação com os cuidados não-parentais informais (ama ou avós), os cuidados formais - creches - podem obter melhores resultados no que toca à preparação para a escola e à capacidade de resolver problemas". 

E agora pergunto: para pais que não têm outra opção, é claro que a creche é a única hipótese viável mas, para aqueles que felizmente têm, será esta a melhor escolha versus os avós ou uma ama de confiança? Não se estará, mais uma vez, a tentar acelerar o desenvolvimento da criança, "empurrando-o" para as aprendizagens mais precocemente? 

Não consigo, de maneira nenhuma, deixar de pensar nisto como mãe e como professora. E, juntando as duas coisas, a minha opinião é a seguinte: caso haja hipótese de deixar o bébé com um cuidador de confiança, penso que seja a melhor opção. O bébé fica mais resguardado, evitando viroses e doenças que poderão ficar para mais tarde (já com mais defesas). Em casa, o bébé ficará mais livre para brincar, dormir e comer quando quiser e esse ritmo trará mais tranquilidade. Também acho que esta relação com o cuidador lhe trará mais benefícios, aumentando a autoconfiança. A atenção será única e exclusivamente para este bébé e estimulando o desenvolvimento do mesmo, acredito que crescerá de forma saudável e feliz, privilegiando a inteligência emocional em detrimento das aquisições cognitivas.      

Depois dos 24 meses (2 anos) penso que será a altura ideal para ingressar na escola pois, nesta idade, o contacto com outras crianças é fundamental. Nesta idade, será interessante começar a conhecer normas, regras e rotinas e desenvolver novas áreas com os estímulos que só a escola consegue dar. 

E por aí? Como é que foi convosco? 

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